Ainda me pergunto, como é possível observar tantos, e tamanhos contrastes sociais e fazer de conta que está tudo bem? As ruas estão cheias de gente que dorme ao relento, come sobras, bebe qualquer coisa, veste trapos, não usam um banheiro há séculos.
As pessoas passam, atrasadas, vivemos atrasados, e olham para estes "trastes" que contaminam a paisagem com a sua indisfarçável fealdade, e juram que já nasceram ali; é, todos preferem pensar que não sendo minha culpa, não é problema meu! Mas, se não é minha culpa, não sendo por isso, problema meu, quem assume o quê? Poder público? Esqueça, até o discurso é de ontem, e os projetos, bem, são projetos, só isso. E me encontro, correndo na chuva, aliás, da chuva e quase piso em um desses "trastes" que atravancam as calçadas, em frente aquela igreja católica muito bonita da pça Tubal Vilela, faço que não ouço(a chuva me apressa), mas ouço, " não é pra beber, eu tô é com fome", e já lá na frente, na marquise, me lembro de uma frase de um amigo que não vejo há anos, Pe. Tarcísio; agora é bispo e não sei se ainda pensa assim, mas a frase é dele:" Esmolas? eu dou, prefiro ser enganado do que ser injusto!" Então volto e deixo um real nas mãos magras do moço, que balbucia um " Deus te ajude..." e sumo na esquina. esqueço do ocorrido, até entrar no ônibus pra voltar pra casa, peraí, meu trabalho é recuperação de mendigos!!! Um mísero real, miserável homem que sou!!!
é bem a cara do magno, tô aqui do lado, por este motivo estreio nessa nova missão de falar mal dele. As pessoas não estão nem aí prá quem tá nas ruas, trancam bem suas portas e, um abraço prá quem fica, de fora.
ResponderExcluirGean