Verso amargo pra Andrea Hot.
Perdeu o bonde,
A família, a escola, o nome
Junto com a virgindade, na primeira “biata”.
Perdeu o senso, o eixo, o rumo;
Não rimaremos aqui.
Esqueceu o tempo das ¾ brancas, do plissê.
Olhar bom e vazio
Bom, igual ao peito,
Vazio, útero esvaziado. Tanto.
Perdeu o bonde, ta de bode.
Perdeu o rubor e com o rubor, dispensou a vergonha
Na cara já não tão de anjo,
Estampa das sombras da noite
Sobras de ontem.
História das ruas
Relatos da noite
Fatos insanos
Insana noite.
Mentiras meticulosamente metrificadas.
Homens mentem
Deixe que mintam, afinal, compraram sua alma, junto com o corpo
Ainda violão, violado, violentado, velado, viscoso, veneno ainda doce.
Desgraças ao sobrenome;
Tendão de Aquiles de pai e mãe.
Azar desses tempos sem sorte.
Errou a mira
Perdeu a vez
A validade
A altivez,
Perdeu de vez.
Camafeu ao relento.
Cheiro de bocas
Cheiro de pele
De dentro.
Já não cobra tão caro.
Histórias das ruas
Relatos da noite
Insana noite.
Papo de bêbado, conversa de p. que desemboca
Sempre em botequins de uma porta só.
Perdeu o bonde
Perdi meu tempo.
Gastei minhas horas.
Odeio botequins de uma porta só.
A família, a escola, o nome
Junto com a virgindade, na primeira “biata”.
Perdeu o senso, o eixo, o rumo;
Não rimaremos aqui.
Esqueceu o tempo das ¾ brancas, do plissê.
Olhar bom e vazio
Bom, igual ao peito,
Vazio, útero esvaziado. Tanto.
Perdeu o bonde, ta de bode.
Perdeu o rubor e com o rubor, dispensou a vergonha
Na cara já não tão de anjo,
Estampa das sombras da noite
Sobras de ontem.
História das ruas
Relatos da noite
Fatos insanos
Insana noite.
Mentiras meticulosamente metrificadas.
Homens mentem
Deixe que mintam, afinal, compraram sua alma, junto com o corpo
Ainda violão, violado, violentado, velado, viscoso, veneno ainda doce.
Desgraças ao sobrenome;
Tendão de Aquiles de pai e mãe.
Azar desses tempos sem sorte.
Errou a mira
Perdeu a vez
A validade
A altivez,
Perdeu de vez.
Camafeu ao relento.
Cheiro de bocas
Cheiro de pele
De dentro.
Já não cobra tão caro.
Histórias das ruas
Relatos da noite
Insana noite.
Papo de bêbado, conversa de p. que desemboca
Sempre em botequins de uma porta só.
Perdeu o bonde
Perdi meu tempo.
Gastei minhas horas.
Odeio botequins de uma porta só.
Magno Aquino / Outono / 2005